Poemas fluídas femininas de Barbará Leite Matias




1.
 Depois que abortei o sistema heteropatriarcal eu não sei o que é medo de facistinha fastioso fedido a perfume de marca machista burguesa.

2.
 Tua língua tem a deveres políticos com o meu território; o primeiro é me ocupar e pisar teus dedos sobre minha terra, o segunda é movimentar exatamente a língua assim, me lambendo, chupando e fudendo fundo como quem cava a terra a procura de água. Com bastante sede.

3.
 Uma feminista incomoda muita Gente, duas feministas incomodam muito mais, três feministas fazem uma revolução e eu nem citei que “Gente” é homem.

4.
 Foi chupando ela que descobri como é bom ser vegana.

5.
 Receita 26. Não confunda formiga com carne de urubu
 Receita 32. As formigas unidas estão fazendo formigueiros e isso diz muito de irmandade.

6.
 Eu sou uma mulher das águas, por isso líquidos de todas as cores escorrem; lagrimas de raiva, tristeza, alegria, medo e ainda tem á água vermelha travessia-mensal. Entendi agora, sou corpo fêmea liquida. Sou das águas.

7.
Teus dedos são sábios quando toca aqui no ritmo do meu prazer.

8.
Quando conhecer uma mulher, conheça sua música e comida preferida. Quando decidir amar essa mulher, ame seu ciclo menstrual, “sangue único” como o corpo de cristo que disse o padre na minha eucaristia. Talvez, Cristo fosse uma fêmea cíclica mais isso não vem ao caso-Cristo. Quando conhecer uma mulher ame sua história e espere que ela seja a autora das suas narrativas, ame sua força, seu humor e por ultimo se houver tempo, ame seu corpo.

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