Em uma das nossas conversas, eu te fiz a mesma pergunta várias, como por exemplo “você está bem? Ou você falou algo muito importante e eu não dei a mínima atenção, não deixei você falar quando estávamos conversando ou nossa conversa foi interrompidas várias por uma mensagem no celular, um som externo, alguém que passou ou até folha que caiu da árvore. Você lembra que não conseguir conversar com você porque tinha alguém conversando do lado ou estava tocando uma música?
É possível, você lembra também que diversas vezes pelas redes sociais escrevi mensagens incompletas, muitas faltando letras, palavras e até mesmo trocando a ordem das palavras e que demorei para responder ou aguarda uma resposta até hoje Já deve ter me visto irritado ao ter que transcrever textos ou fazer planilhas e cálculos ou ficar inquieto quando estou no computador e as pessoas conversando. Já me viu escrevendo textos e lendo ao mesmo tempo em voz alta?
Lembra quando você falou comigo e eu nem respondi?
Talvez, não saiba, as pessoas mais próximas, muitas sabem, poucas conseguem entender e lidar com essa situação que acontece comigo.
Hoje consigo lidar com isso, até brinco e me coloco, mas não foi fácil e não é fácil. Aprendi a usa esse tempo e olhar diferente como recurso pedagógico. A escola foi para mim, um lugar desafiador e coloca-dor, o curso de pedagogia foi essencial para que eu entendesse algumas coisas que acontecem comigo e com outras pessoas. Escolhi o curso certo!
Os espaços de convívio: escola, família, trabalho e ciclos de amizades são muitas vezes violentos para pessoas assim, como eu. As pessoas nos violentam sem nem sabe, professores por exemplo são bastantes violadores.
Quem é próximo já conhece a ladainha: Sou disléxico, discalculo e possivelmente tenho Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH.
Podem continuar conversando comigo, se eu não der atenção, já sabem!
Alexandre Lucas
Pedagogo