Por Francisco Duarte*
Essa fala do Frota(que os professores/as
devem ser vigiados/as e censurados/as) demonstra o quão a categoria está acuada
e desprestigiada. Isso independentemente dele ser uma das pessoas menos
respaldadas para falar sobre educação. Em época de triunfo de práticas
fascistoides(o fascismo ainda não se configura em sua totalidade!), é
recorrente o ataque à professores, à jornalistas e à artistas, por estes
viverem em constante diálogo com a população.
O projeto Escola Sem Partido surge nesse
cenário, tendo como principais objetivos: amedrontar e silenciar os/as
professores/as, com o falso pretexto de coibir a doutrinação dos estudantes por
vieses religiosos, políticos e ideológicos. Lógico, as diretrizes do
capitalismo e do governante do momento (Bolsonaro já dita a partir da eleição!)
são postos em xeque. Os/as mestres poderão, tranquilamente, continuarem a
propalar a ideia do esforço individual, como condicionante principal para os
jovens serem as mulheres e os homens "de sucesso" do amanhã.
Os/as profissionais da educação não serão infortunados na hipótese de
atribuírem às pessoas(na individualidade) serem as únicas responsáveis pela
pobreza, pela violência e pela desagregação social( por essa lógica, somos
preguiçosos/as e violentos/as "de berço"!)
Não acredito que a categoria se portará
de maneira passiva a mais esse acinte( não bastam desonrosos salários, bombas
de "efeito moral", balas de chumbo e spray de pimenta?)!
É preciso mostrar ao Brasil e ao mundo,
a força de uma categoria, constituída por mais de 3 milhões de integrantes, e
que, mais uma vez, será primordial na LUTA contra o absolutismo, contra o
autoritarismo e contra a tentativa de imbecilizar as pessoas(kit gay, pintura
da bandeira nacional,...).
Aconselhamos a formação de grupos de
estudo e de luta em cada escola e em cada município, para o enfrentamento dos
falsos doutos do magistério(Frotas, Maltas Bolsonaros,...) e,
principalmente, a quem eles representam: interesses estadunidenses, empresários
nacionais e estrangeiros e as fundações e institutos particulares( se
autoproclamam defensores da educação laica!).
Sejamos como as formigas de Patativa do
Assaré, ao enfrentarem o Boi Zebu(aparentemente inabalável!). Elas se
multiplicam e o picam em todas as partes do corpo e conseguem afugentar o
soberbo da entrada do formigueiro, voltando a transitarem com liberdade
de dentro para fora e de fora para dentro da coletiva moradia!