Fake News: o nazismo já ensinou sobre isso!



Por Alexandre Lucas

“Uma mentira repetida mil vezes se torna verdade” frase atribuída a Paul Joseph Goebbels,   Ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, permanece atual para as práticas dos grupos de direita e fascista no Brasil. Leia-se eleitores de Jair Bolsonaro.

É crescente a fabricação de notícias falsas e a criação de perfis nas redes sociais para esconder a identidade dos seus autores. Diversas páginas já foram derrubadas, mas elas continuam se multiplicando e disseminando violência, ódio e inverdades. As redes sociais são na contemporaneidade, os  novos veículos de criação de imaginários e narrativas da realidade, o que muitas vezes não corresponde a realidade social e representa uma distorção dos fatos. É  comum esses grupos se apropriarem de casos isolados ou descontextualizados para generalizarem e eleger como alvo um único inimigo: a esquerda (PT, PCdoB, PSOL,  Feministas, Movimento LGBT+, Negros e organizações de juventude). 

A criação dos chamados fakes está sendo instrumento não só de proliferação de mentiras, mas também para amedrontar, perseguir e stalkear militantes dos movimentos sociais e dos partidos de esquerda.  

Para piorar a situação, o robô digital é outro instrumento para ampliar disseminação e impulsionar  boatos e difamações nas redes sociais. Estudos da FGV (Fundação Getúlio Vargas) sinalizam para essa realidade.

O momento político atual aponta para os movimentos sociais, a necessidade imperativa do campo popular, progressista, democrático e de esquerda alinharem uma unidade possível em defesa da democracia e da própria sobrevivência das organizações e movimentos. O que passa inevitavelmente pelas diversas frentes de atuação: ruas, redes e jurídica.

O combate virtual  é imprescindível, tendo em vista,  que muitos destes movimentos que se dizem “independentes”, “patriotas”, ”brasil”, “anticorrupção” começaram a ganhar espaços a partir das redes sociais. O movimento de extrema direita no país tem ligações com setores de igrejas evangélicas, católicas e militares, principais multiplicadores destes discursos de violência, intolerância e ódio aos que defendem os direitos humanos e a construção de uma sociedade emancipada.  

A nossa contra narrativa tem que ser potente, objetiva e se contrapor a propaganda do ódio e da violência, mas ao mesmo tempo tem que apresentar caminhos para que o país encontre uma saída para a crise, para que seja  retomado um projeto de nação que tenha como norte o desenvolvimento humano, o setor produtivo e o protagonismo social e  que contemple a diversidade do povo brasileiro.    

*Pedagogo e integrante do Coletivo Camaradas.

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1 comentários:

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Unknown
Administrador
9/28/2018 ×

Concordo plenamente! As artes podem contribuir neste sentido, transformando mentiras e ódio em materiais estéticos que possam contribuir tanto com a problematização destas questões quanto com aquecer e abrir o coração para o amor e a luta pela igualdade e liberdade! Vamos juntos nessa luta!

Unknown
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