É necessário ser desnecessário



Por Alexandre Lucas*

A nossa luta por direitos e pela democratização da sociedade, intimamente ligada à compreensão de tomada e ocupação de poder pelas camadas populares nos coloca diante da necessidade de construção metodologias sistematizadas de organização que gere a ampliação, acumulação, autonomia e unidade política.

No campo da ação comunitária e em outras frentes, o Coletivo Camaradas deve  atuar numa perspectiva de pautar seu processo de organização com um caráter  pedagógico de possibilitar que os sujeitos e organizações que pactuam uma iniciativa com a gente possam se apropriar e compreender a forma e o conteúdo do nosso  pensar e fazer.
A intenção é que isso gere focos multiplicadores de lutadores e lutadoras do povo em defesa da democratização social.

É vital, entender que neste contexto, a figura da hegemonia política, toma a  dimensão de tear político, ou seja, de construir com outros sujeitos sociais e de se fazer compreendido. O desafio desta construção é viabilizar redes e atores que possam dar continuidade as ações.

Esse trabalho  visa ampliar as vozes e os braços de articulação política, sem necessariamente, estarmos como protagonistas. Possivelmente, isso nós coloca como elementos inspiradores, para que as mais diversas forças possam se  apropriar dos métodos e das pontes de articulação social.

Essas costuras nos fazem desnecessário para o processo de organização política e é imprescindível para a nossa perspectiva provocar a autonomia e as pernas necessárias para que o povo em cada lugar possa construir as suas narrativas de esperança.   

*Pedagogo e integrante do Coletivo Camaradas   

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