Abram alas que a juventude quer passar



Por Alexandre Lucas*

Na quinta edição o “Abriu pra Juventude” demonstra que é preciso confiar no potencial protagonista dos jovens. Nascido em 2009 e idealizado pela bailarina Danielle Esmeraldo, então secretária de Cultura, Esporte e Juventude do Crato a ação vem se consolidando num espaço de expressão e discussão dos movimentos juvenis.   

O Abriu pra Juventude ao longo dos anos colocou em pauta temáticas polêmicas e questões que discutem a diversidade das juventudes. Os grupos da periferia e as bandas que não encontram espaços nos circuitos oficiais tem encontrado guarida nesta ação.

Oficinas, apresentações, rodas de conversas, exposições, intervenções e interações caracterizam o formato do Abriu para Juventude.

O Abriu não poderia deixar de ser realizado esse ano, tanto por ser um dos pontos da “Carta compromisso com a cultura” assinada pela atual gestão, bem como pelo fato da cobrança das organizações juvenis que de forma consequente souberam exigir a continuidade de uma das ações imprescindíveis para criar um momento de dialogo com os jovens.

Algumas questões merecem destaque na concepção do Abriu para Juventude esse ano. O Abriu foi entregue e protagonizado pelos coletivos de jovens, como forma de ser reconhecimento como instrumento de empoderamento da juventude e não do poder público, esse deve ser o norte sempre, como contorno de uma perspectiva política participativa e efetiva de garantir que as vozes e ações da juventude não sejam diluídas e artificializadas.   

O Abriu não parar em abril. Essa foi a tônica deste ano, que resultará na criação de um fórum permanente de políticas públicas para juventude, o que transformará o Abriu em parte do processo e não o resumirá num evento.

Destaco ainda, a compreensão política de Erika Souza, militante dos movimentos juvenis desde a década de noventa do século passado e que vem ao longo dos anos se dedicando ao estudo do protagonismo juvenil e da atual conjuntura política para a juventude no país e em especial no Crato. Apesar de todas as adversidades como curto período de tempo e orçamento restrito, Erika soube mediar o batalha, com o aprendizado que recebeu ao longo da sua trajetória que a legitimou para ser representante da Coordenadoria de Políticas públicas para Juventude do Crato, a qual será vinculada ao Gabinete do Prefeito.

O Abriu esse ano foi fruto da parceria construída por anos de militância política que possibilitou que coletivos, ativistas e amigos se agregassem para abrir alas  para a juventude passar com a cara da diversidade, ousadia e comprometimento político.     

*Pedagogo, Artista/educador e militante dos Movimentos Sociais.   
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