Sejamos desnecessários


Por Alexandre Lucas*


No processo de organização popular é preciso criar as condições necessárias para autonomia e consolidação do entendimento da responsabilidade politica individual e coletiva.  Obviamente não existe uma receita  aplicável para cada situação, tendo em vista, que existem uma  diversidade e complexidade de fatores que alteram cada caso. 


O entendimento coletivo da bussola política é o  elemento chave para garantir a unidade de ação e de compreensão de onde se quer chegar. 


É preciso dimensionar também quem são os pares que temos para construir a luta popular e como podemos criar as  condições necessárias para ampliar a nossa interlocução social. 


Neste processo é preciso tornar imprescindível a desconstrução do chefe e do indispensável.  As resoluções dos desafios acontecem a partir das condições objetivas concretas, e elas,  é que nos dão a dimensão da necessidade e da reinvenção.


Portanto, a autonomia e a unidade de ação política  acontecem  a partir da própria práxis política, elemento central para aliar a formulação teórica com a prática social.


É preciso que tenhamos a capacidade de nos tornar dirigentes e ao mesmo tempo nos tornar desnecessários. O que favorece diretamente na construção da autonomia, unidade/centralidade e horizontalidade política.   


*Pedagogo e integrante do Coletivo Camaradas 

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