Um buquê de gentileza
Uma mão jardineira
Mexendo na pele   
Cultivando um pé de prazer
 Uma roseira de contorcer
Uma flor leve para gingar
 Teus olhos a me levar
Para teu corpo modelar .

Alexandre Lucas  

Eu que me pego de várias maneiras
Vejo no horizonte pedaços de mim
Entre sangues e vinhos,
Agarro sempre  no rabo da  esperança
Rodopio e fico tonto
Segurando  roseiras  vermelhas e espinhosas
Para te oferecer  durante e após o combate
Para que os dias não percam  as mãos carinhosas  
Que afagam a ternura  auroras  afogueadas.

Alexandre Lucas      


Deixa teu corpo falar
Já que teus olhos se decodificam
Tuas entranhas choram
E teus pudores te oprimem
 ele quer falar com toda a sabedoria
incontidas das avalanches dos desejos...
deixe teu corpo simplesmente cantar.

Alexandre Lucas     
   
 Que tuas mãos orem no meu corpo 
e o torne sagrado, agrado, arado
que os mantos da pele se façam cobertores de prazeres 
e que o beijo tenha o gosto das erupções
e que você seja um livro saboroso 
para ser saboreado a cada palavra e ser descoberto a cada página
que nos façamos lidos, contidos, cantadores de gemidos.

Alexandre Lucas

Queria ganhar uma poesia dos braços 
o toque na alma das palavras sinceras 
o corpo despido, os pudores estraçalhados
as falas desconexas ritmando a dança dos prazeres 
os olhos revirados em curto-circuito
o pacto, o toque e a troca...
e depois mil palavras para encher a alma. 

Alexandre Lucas


Os teus lábios se fazem decotes 
Desnorteando minhas visualidades 
Embriagando os meus desejos 
Esbugalhados, vermelhos e com ar de borboleta 
Salta e assalta a minha a boca com a velocidade e os gemidos 
Explosivos para liquidar todo o sol. 

Alexandre Lucas
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