Por Jefferson de Albuquerque Junior
Havia voltado a pouco a morar no Crato, era
criança na década de 50, não me recordo o ano, mas me recordo bem que fomos
primeiro morar na Rua cel. Nelson Alencar, bem próximo a Rádio Araripe, que
possuía na época um auditório, e onde também existia um cinema...Neste período
haviam programas de auditório ao vivo, e
entre um e outro passavam alguns filmes...foi aí que tive meu primeiro contato
com o cinema, assisti o primeiro filme. Não me recordo o nome do filme, nem dos
atores e muito menos do diretor, sei apenas que foi um bang bang e a imagem que
ficou gravada na minha memória de criança (devia ter uns 5 anos...) foi que na
hora de um tiro me abaixei...achava que o mocinho ( ou bandido) estava atirando
em mim...A mesma sensação que tiveram os parisienses quando Lumière exibiu pela
primeira vez imagens em movimento na Paris de
1896. Aquelas imagens pareciam de verdade...era a magia do cinema...Nunca
esqueci.
Os anos foram passando, fomos
morar na Rua Santos Dumont, lá no fim da rua havia um cinema, o Cine Moderno,
na Praça Siqueira Campos outra sala, o Cine Cassino...Nestas duas virei cinéfilo,
não perdia um filme, mais de dois por semana, já que mudavam de filmes a cada
três dias. Nesta época passavam os filmes franceses, italianos, espanhóis,
mexicanos, americanos, suecos, alemães e brasileiros. Os mais permitidos para
crianças eram os espanhóis. Joselito, Marisol, Sarita Montiel, seus astros principais, onde sempre todos cantavam...Um filme espanhol
marcou a criançada da época: “Marcelino, Pão e Vinho”... De mexicano víamos os
filmes de Cantinflas, onde caíamos na risada, assim como riamos com as chanchadas brasileiras. Zezé Macêdo, Grande
Otelo, Oscarito, Eliana, Doris Monteiro, Cyl Farney, Dercy Gonçalves, Zé Legoy,
brilhavam na telona e os filmes de Mazzaropi, com sua ingenuidade caipira nos
alegrava.... Os filmes de cowboy
americanos faziam sucesso, assim como os romances adocicados com Doris Day,
Rock Hudson e tantos outros. Ao atingir a maioridade já podia ver filmes mais
apimentados, veio a Nouvelle Vogue francesa, François Truffaut, Roger Vadim, o
neo realismo italiano...Felinni, Visconti, Roselini, Ingmar Bergman e seu belo
cinema sueco...muitos e muitos filmes, uma programação mais heterogenia, tanto
no gênero como em diversidade de origens e línguas. Silvana Mangano, Sofia Loren,
Gina Lolobrigida, Elizabeth Taylor, Brigite Bardot, Ava Gardner, Rita Hayworth,
Ingrid Bergman eram nossa musas... Willian Holden, Kirt Douglas, Marcelo
Mastroiani, Jean-Paul Belmondo, Alain
Delon, nossos heróis...Pasolini, um libertário diretor, um transgressor...E aí Imaginava
um dia o cinema chegar em nossas casas como o rádio...depois chegou a TV...
Por esta época a Diocese inaugura no Crato o Cine Educadora, mais ligado à igreja e com
um Cine Club que colocava indicações e críticas ( um tanto quanto
moralistas...) num mural no Café Crato, ali na Siqueira Campos...Entre um filme
e outro os mocinhos e as mocinhas do Crato giravam na Praça Siqueira Campos,
antes ou depois dos cinemas... Neste tempo já sonhava em ser artista de
cinema...tempos depois mais salas de cinema, mais populares surgiram, creio que foi Dedé França que abriu umas
três, uma no Barro Vermelho, um no Alto do Seminário e outro no começo da
Santos Dumont. Em minha rua dois cinemas. Vendia garrafas usadas, jornal e revistas velhas para ter dinheiro e
ir ao cinema diariamente...Quando estava na primeira série de Ginásio, no
estadual, gazeava as últimas aulas
(estudava a tarde) para assistir a sessão das 16 horas ou 14 horas...Fazer
filmes passa a ser um sonho , quase impossível...vivia no sul do Ceará. Veio o
Cinema Novo, Glauber Rocha, Bahia...Fui estudar em Salvador, o sonho ficaria
mais fácil, enquanto isto estudava arquitetura na UFBa.
Na Bahia outro cratense iniciava
seus passos no cinema, Hermano Penna. Não nos encontramos por lá nesta época...Fui
fazer um curso de Extensão na UFBA, de
Cinema, com Walter da Silveira e Guido Araújo...um primeiro passo. Por este
tempo já sabia que um Albuquerque, Ademar de Albuquerque, com seu filho Chico
Albuquerque filmaram em 1925 “ O
Juazeiro do Padre Cicero”, documentário mudo, realizado em Juazeiro do
Norte, também Benjamim Abraão já filmara
no Cariri, imagens de Padre Cicero...
Por volta de 1969 e 1970 Geraldo
Sarno, junto com Thomas Farkas, vem ao Cariri e filma dois documentários, “Viva Cariri” e “Padre Cicero”. Enquanto isto Hermano Penna ensinava no primeiro
curso universitário de cinema no Brasil, na UNB, em Brasilia. Neste período me
envolvi a fundo no movimento estudantil da Bahia e tive que me mudar para Brasilia. Antes acontece a
invasão da UNB, fecham o curso de Cinema e Hermano sai de Brasilia...eu chego
em 1971 na UNB... Mais uma vez estivemos no mesmo caminho... No curso de
Arquitetura algumas cadeiras opcionais fazem parte do currículo, Oficina de
Cinema e Teatro, cujo professor era Wladimir de Carvalho, Fotografia, com
Fernando Duarte, Oficinas de Música I e II com Ernest Shurman e Conrado Silva,
com eles me apaixonei mais pelo Cinema e
termino também fazendo parte de um Grupo de teatro da UNB,GLUPUS, depois da
passagem de Zé Celso Correia Martines (Grupo Oficina) no Distrito
Federal....foi minha chance de virar ator...Estudamos Grotowisk,
Maiakovisk, Stannilavisk, Antonin
Artoud, além dos clássicos...Logo a seguir Aurélio Michiles resolve fazer um
filme em 16mm e participo como ator (ou figurante..)...o ano era 1973. Fizemos
a Semana de Literatura de Cordel no Campus da UnB. Com uma exposição de cordéis
e de xilogravuras de Stênio Diniz...Por tratarmos de Cultura Popular, algo
subversivo na época, e por ter estado um tempo na América Latina (Peru, Chile,
nos tempos de Allende, Bolívia e Argentina ) a repressão bate outra vez na UNB,
nosso grupo de teatro GLUPUS é perseguido, vários presos e depois exilados...me
escondo no Crato.
Crato. Tempos dos festivais da
Canção, de muita agitação cultural por parte dos jovens da época, tanto em
Crato, como em Juazeiro do Norte, com o Grupo Desafio...O Super 8 aparece como
última novidade, mais em conta para um cidadão comum, embora caro ainda, só
para os ricos, e no Crato Pedro Ernestro Alencar era o único que podia comprar
uma câmera. Aparece o Grupo de Artes Por Exemplo...Antonio Rozemberg de Moura,
Múcio Duarte, Jackson Bantim, Dedê, eu, Pedro Ernestro, Zulene Sidrim, Célia
Teles, Mila e Fátima, entre outros...Rozemberg tem uma idéia, Pedro Ernestro o
equipamento e eu o mais experiente na época em cinema, com uma prática de
Brasilia, da UNB, passo a ser o produtor, o montador (equivalente ao Editor de
hoje)...Nos .juntamos todos e fizemos “A
Profana Comédia”....o super 8 mais famoso e mais desconhecido do Cariri...fui
montar em Fortaleza, depois sonorizar e finalizar, tirar cópia em São Paulo, na
Helicon...no Crato o filme foi visto sem
som pela equipe...Depois o personalismo predomina, aparece dono, mas não
responsável pelo filme...ninguém teve grana para pagar o laboratório...e nunca
mais ninguém viu nada do filme...O Laboratório faliu...o filme sumiu...
Emerson Monteiro e Luiz José
resolvem fazer outro super 8 “Terra
Ardente’, ficção, também nunca
finalizado. Algum tempo depois chegam ao Cariri, Ronaldo Brito e Francisco
de Assis, com alguns paulistas para fazer o longa metragem em super 8, LUA CAMBARÁ,
trabalho na produção...e lá vamos nós, eu, Jackson Bantim, Abdoral Jamacarú, e
outros com esta turma fazer o longa em Altaneira . Vários personagens do Crato
participam como atores,como alcides Peixoto e Leandro Peixoto, entre Exú e
Altaneira...Em Juazeiro outro inacabado super 8 é feito por Ronaldo Almeida.
Em 1975 acontece o primeiro longa-metragem
rodado no Cariri. Helder Martins, junto com sua prima e produtora executiva
Elvira Morais, além do diretor de Produção Cacá Diniz chegam para fazer “PADRE CICERO”, longa metragem em 35mm, com equipe e elenco
principal vindos do Rio de Janeiro. Fui
convidado a fazer a cenografia e ainda atuei numa ponta como ator, ao lado do
Zé Lewgoy, famoso ator das chanchadas que assistia quando criança...boa parte
da turma do Grupo de Artes Por exemplo participa na figuração do longa. Atores juazeirenses se
destacam, como Dona Assunção Gonçalves, brilhando ao lado de Ana Maria Miranda
(hoje famosa escritora Ana Miranda) e Jofre Soares como Padre Cicero...O filme
acaba e largo tudo no Cariri e sigo com a equipe para o Rio de Janeiro tentar me
profissionalizar no cinema, numa velha kombi...Um pouco depois Cristina Prata e
Pii (Maria do Carmo Buaque de Holanda) vem ao cariri e juntos rodamos um outro
super 8 sobre os Penitentes das Cabeceiras, em Barbalha, filme que ficou com
Pe.Quevedo, amigo da família Prata, em São Paulo.
Em 1976 volto ao Cariri e uma
equipe da Blimp Filmes, que produzia o “Globo Reporter”, chega ao para fazer o programa, filmado em 16 mm, “Juazeiro do Padim Cicero” dirigido por
Marcos Marcondes, o Matraga; Hermano Penna, como fotografo, Mario Mazetti no
som. Trabalho na produção e na cenografia da parte ficcional...Pouco depois sou
sequestrado e preso na Bahia, havia sido condenado a revelia pela Lei de
Segurança Nacional, por fazer parte do Movimento Estudantil na Bahia, entre
1968 e 1969...libertado um mês e pouco volto ao Cariri e logo a seguir para o
Rio de Janeiro. Neste período havia combinado com Hermano Penna, a pesquisar e
escrevermos juntos um roteiro sobre o movimento do Caldeirão. Do Rio vou a São Paulo conversar com o Hermano sobre
o roteiro...Um imprevisto me leva novamente a prisão, os outros órgãos da
repressão da Ditadura Militar não haviam sido informados que eu já havia tido a
pena da LSN prescrita...e em pleno dezembro de 1976 fiquei mais um mês detido
até tudo se esclarecer....Ao sair volto ao Rio e faço parte da equipe do
filme “Lúcio Flávio-O Passageiro da
Agonia”, na cenografia e figurino...Trabalho com dois ídolos que adorava do
cinema brasileiro, Grande Otelo e Reginaldo Farias, neste filme do Hector
Babenco... Depois deste filme minha carreira profissional caminha muito bem no
eixo Rio-SP, vários longas como Cenógrafo
e Figurinista e Diretor de Produção...
Em 1980, durante o Festival de
Cinema de Brasilia, sabendo de um concurso da FUNARTE, para a produção de 10
Curtas Metragens sobre Arte Popular Brasileira, Armando Lacerda me estimula
a escrever um projeto sobre “Dona Ciça
do Barro Crú”...Inscrevo no último momento e termino sendo um dos poucos
ganhadores...Com apoio da Morena Filmes, de Sérgio Rezende e Mariza Leão (equipamentos) e de Hermano Penna como
fotografo, Armando Lacerda na produção, chegamos ao Cariri e filmamos em 16 mm o curta metragem ‘DONA CIÇA DO BARRO CRU”, que hoje é a
única referencia histórica sobre esta nossa grande artista popular.
Após este período, enquanto vivia
no Sudeste, no Cariri, Rozemberg Cariri, Jackson Bantim, Luis Carlos Salatiel e
Dêde fazem um documentário media-metragem
em super-8 sobre Patativa do Assaré.
Pelo Cariri a Tânia Quaresma
filma parte do seu documentário “Nordeste
Cordel-Repente Canção” . Pedro Jorge de Castro recolhe imagens para “Brinquedos Populares do Nordeste”, e no
meio de tudo isto volto aqui no retorno de Miguel Arraes do exílio, junto com
Armando Lacerda e equipe de Brasília para fazer “Arraes Taí”, documentário CM sobre o retorno do grande líder
político caririense-pernambucano. Mais um tempo passa e em parceria com Hermano
Penna, como fotografo e Lia Camargo no som direto, com a co-direção de
Rozemberg Cariri, e com produção em
parte conseguindo fazer literalmente, papel de palhaço em industrias do Cariri
na semana da criança, com espetáculo de mamulengo,( eu e o Renato Dantas ) conseguimos
como cachê a quantia equivalente a uma lata de negativo para fazer “PATATIVA DO ASSARÉ-UM POETA DO POVO” e com apenas 6 latas de negativo de 10
minutos cada, rodamos dois filmes de curta metragem, o Patativa do Assaré, e a
seguir com roteiro e direção minha, e mesma equipe, “MÚSICOS CAMPONES”, dois curtas metragens montados em Brasília. Vale
ressaltar que nesta época o único apoio que tivemos foram de deputados federais
do Ceará, que viviam em Brasília, como Lúcio Alcântara, Iranildo Pereira e Paulo
Lustosa. Posteriormente conseguimos do CEPROCINE em Brasilia e do FNDE, verba e
apoio para finalizar os filmes. Estes dois e mais “DONA CIÇA DO BARRO CRU”, ganharam prêmios do CONCINE, para
exibição nas salas de cinema antes dos longa-metragens estrangeiros , com a
extinta Lei do Curta Metragem. Também ganharam prêmios em festivais que
existiam no país nesta época.
Enquanto isto as salas de
exibições vão fechando: o Cine Cassino, o Moderno, o Cine Educadora...Em
Juazeiro o Plaza e o Eldorado...Em Barbalha o Cine Nelory...
Alguns trabalhos depois em
longa-metragens, volto ao Cariri para fazer produzir e fazer a Produção
Executiva, do que seria um curta, passou a média e virou um longa-metragem
documentário “O Caldeirão da Santa Cruz
do Deserto”, de Rozemberg Cariri, que de início serviria de material de
pesquisa para o longa ficção que Hermano Penna planejava fazer sobre o Beato
José Lourenço e o Caldeirão....
Retorno a minha casa no Rio, por
aqui passa Ricardo Reis e filma parte de “FÉ”,
longa-metragem doc e Bia Lessa também se aventura pelo Cariri e faz um
filme chamado “Crede-me”.
Jackson Bantim, com VHS, fica a
produzir documentários, alguns editados.
Volto a viver no Cariri em 1990 e aqui com Bola e Renato Dantas gravamos
imagens em VHS sobre a Ocupação do Caldeirão pelo MST em 1991. Em Barbalha gravo o curta-metragem de ficção “ANA MULATA” , baseado em conto
homônimo do meu avô José Alves de Figueiredo, com atores do Cariri, como Renato
Dantas, Cicero de Tasso, Tica Fernandes, Nilza Silva e Souza e outras
personagens femininas do Sítio Farias, em Barbalha. Em plena crise do cinema
brasileiro, com a extinção da
EMBRAFILME, pleno governo Collor de Mello, Rozemberg Cariri nos convida a entra
na aventura do seu primeiro longa de ficção, em Santana do Acaraú, como diretor
de produção, cenógrafo e figurinista, o filme: “ A SAGA DO GUEREIRO ALUMIOSO”.
Em Canoa Quebrada gravo o média-metragem “VIVER,CONFUNDIR-SE-UM ARTISTA CHAMADO
ZÉ”. No Cariri a URCA promove a I Mostra de Vídeo Cariri-Nordeste, eu e Tica
Fernandes a frente do evento, que contou com a presença de Tizuca Yamazaki, com
uma Oficina de Realização Audiovisual. Retorno ao Rio, depois em 1994, venho novamente produzir e fazer direção de
arte do segundo longa de Rozemberg Cariri, “CORISCO
E DADÁ”, retornando a seguir para o Rio.
Em Juazeiro do Norte chega Vicente Amorim e filma “CAMINHANDO NAS NUVENS”, com Claudia Abreu e Wagner Moura. Alguns
caririenses participam da equipe.
Rozemberg Cariri, que já se mudara a muitos anos para Fortaleza volta a
fazer outro documentário sobre Juazeiro do Norte, “Terra da Mãe de Deus” (?) e Wolney Oliveira filma “MILAGRE
EM JUAZEIRO”. o Jackson Bantim, o Bola, continua
produzindo alguns documentários em vídeo ao longo dos anos, se aventura na
ficção com “As Sete Almas Santas Guerreiras”. Petrus Cariri filma em Barbalha “OS PENITENTES”, curta-metragem. Chega a era do digital, novos
produtores audiovisual vão surgindo, a Fundação Casa Grande em Nova Olinda se
equipa e seus jovens produzem vários filmes documentários,inclusive com
programas para o Canal Futura, outros individualmente se destacam como Franklin
Lacerda, Nívea Uchôa, Ythalo Rodrigues, Daniel Batata, Catulo Teles, Fernando Garcia. Em Juazeiro também Ana Cristina Diogo, do
Instituto de Ecocidadania Juriti, cria um Núcleo de Audiovisual e produz
documentários para a TV Futura.
Depois de desenvolver um trabalho
com Audiovisual na região do Caparaó, produzindo com jovens estudantes, através
do MovA Caparaó Itinerante, mais de 30 filmes ambientais, venho ao Cariri para
retomar um projeto de audiovisual sobre a Chapada do Araripe, e junto com
Jakson Bantim, Catullo Teles, Fernando Garcia, Walmi Paiva e Renato Dantas realizamos 3 médias metragens, 3 episódios de
“FOI ASSIM...COMO SERÁ- CHAPADA DO ARARIPE”, entre 2009 e 2011. Ganho um Premio
de residência artística da FUNARTE para atuar durante 3 meses no Instituto de
Ecocidadania Juriti, e como resultado dois curtas, um doc “Os Sonhadores” e um
ficção “A Catadora de Pequi”. Volto a residir no Crato, participo dos editais
da SECULT ganho e realizamos mais dois
médias metragens “O CINEMATÓGRAFO HEREGE”, um teleconto, comédia, baseado na
obra de José Flávio Viera, ficção com elenco totalmente da região, trilha
sonora de Abidoral Jamacarú e Didi Moraes... A turma da Ponta de Serra, da ONG
Verde Vida, já bem equipada produz novos filmes. Adriana Botelho grava “Couro Tecido; Nívea Uchoa,
“Agua pra que te quero”, um trabalho de conscientização sobre a água. Catulo Telles inicia uma produção sobre
Barbara de Alencar...Em 2011 ganho outra produção no edital da SECULT e
gravamos “UMA HISTÓRIA DA TERRA”. Nívea Uchôa desenvolve o projeto “Agua pra
que te quero” e Adriana Botelho o curta sobre Expedito Seleiro, de Nova Olinda.
A nova geração arrisca no cinema
experimental, no filme arte, filme dança, com muita criatividade e urbanidade.
A temática urbana passa a ser mais focada. “Busca
Alguma” de Daniel Batata, gravado propositalmente com câmera de celular,
surpreende pela plasticidade, pela pigmentação proposital, com traços
impressionistas; “Herança”, de
Carlos Robério Fábio Tavares, Francisco
dos Santos experimenta com colagem e criatividade; “Conecto”, de Joseph Olegário, Cimara Teotônio, Annah
Paula Alencar, Germana andrade e Jefferson Pontes avançam no vídeo arte
experimental com muito talento...Salomão Santana viaja no resgate de imagens de
VHS, mostrando o cotidiano deJuazeiro; “Tempo
Menino”, de kelyenne Maia, Cimara Tenório e Samara Lopes, jovens que se arriscam na ficção, assim como
Jaildo de Oliveira com ‘A Promessa”...
*Cineasta
1 comentários:
Clique aqui para comentáriosComo posso assistir o filme Terra Ardente? Gostaria muito de conhecer o filme.